Passam hoje 60 anos sobre a morte de um homem grande – Aristides de Sousa Mendes, o beirão[1] que salvou a vida de 30.000 judeus durante a II Guerra Mundial. Com isso, foi proscrito pelo regime de Salazar[2] e passou a viver na miséria, numa pequena aldeia do centro-norte de Portugal, onde morreu em 3 de abril de 1954. Aristides representa bem o espírito humanitário que caracteriza, desde tempos imemoriais, o povo português. Pela sua coragem, humanidade e determinação, o Yad Vashem[3] reconheceu-o, a 18 de Outubro de 1966, como “Justo entre as Nações”. Jamais o esqueceremos.
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[1] Natural da Beira-Alta, província de Portugal, no interior-norte do país.
[2] Ditador que governou Portugal durante 36 anos (de 1932 a 1968), principal figura do chamado Estado-Novo.
[3] Memorial oficial de Israel para lembrar as vítimas judaicas do Holocausto.