São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil

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O acesso a São Francisco faz-se, normalmente, por Joinville, uma cidade próspera, ordenada, limpa e a maior, em número de habitantes, do estado catarinense. Um exemplo que os prefeitos de todas as cidades brasileiras deveriam seguir. A influência alemã faz-se sentir fortemente aqui, nas pessoas, nas edificações e nos costumes.

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Ao chegar ao centro de São Francisco, após uns 30 kms, tem-se aquela sensação que experimentamos em cidades como Colónia del Sacramento, Olinda, Parati ou João Pessoa – as ruas empedradas, as sacadas, os telhados, às vezes um rio fazem lembrar Alfama (Lisboa e Portugal, também). Na verdade, São Francisco do Sul é mais um dos irmãos que Alfama tem por esse mundo fora.

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O casario colonial estende-se ao longo da baía da Babitonga e guarda um dos últimos núcleos açorianos do país (tal como Ribeirão da Ilha ou Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis). Aqui encontramos o Museu Nacional do Mar, que reúne embarcações de todo o Brasil. O acesso pode fazer-se de carro, mas é mais bonito quando se realiza pelas balsas ou lanchas que asseguram a ligação ao continente.

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São Francisco do Sul é uma vila belíssima e merece visita detalhada. Restaurantes e cafés, no centro histórico, permitem matar a fome. Um deles, São Francisco Panificadora, serve umas sopas consistentes que reconfortam o estômago e animam o espírito para a viagem de regresso. Experimentámos a sopa de costela com aipim e a de frutos do mar, já de noite, olhando, de quando em vez, pelo vidro embaciado, para vultos ondulantes e indecifráveis na baía da Babitonga.

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Gravatal, Santa Catarina, Brasil

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Sai-se da BR 101, em Tubarão, correm-se 17 quilómetros para o interior, no sentido NW, e chega-se a Gravatal. Nesta cidade tudo gira em torno das águas termais, que aqui jorram a uma temperatura média de 36º, 40 litros por segundo. Dizem que a água termal de Gravatal é a segunda melhor do mundo em propriedades terapêuticas, superada apenas pela do complexo de Aux-Les-Thermes, em França.

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Mera propaganda? Não sabemos. O que é certo é que  a água mineral do Gravatal é captada e aproveitada por três hotéis. Nós estivemos num deles: da rotunda central da cidade (que logo se percebe onde fica) viramos à direita e, depois de uma pequena estrada de terra batida e uma alameda verdejante, chegamos. Não tem engano possível e, se tiver, toda a gente conhece o Hotel Internacional…

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Dois conjuntos edificados desde logo se destacam: um, térreo, com cobertura ondulada, onde se encontram a receção, salas de convívio e de jogos, um bar, um amplo salão de refeições e uma sala infantil; outro, com quatro pisos e de linhas direitas, com os quartos de alojamento (118), as salas de sauna, de terapias, de banhos e de consultas.

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Água é um bem que não falta por aqui. Além de duas piscinas exteriores, o hotel possui também uma piscina interior, vários tanques de hidromassagem, salas com enormes banheiras e, nos próprios quartos, piscinas ou banheiras de imersão, tudo com água termo mineral. As torneiras são gigantes, mais parecem bocas de incêndio, e delas jorra tal quantidade de água que uma banheira grande enche-se em três minutos.

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No espaço envolvente predomina o verde, cortado por trilhas, de onde avistamos pássaros, patos e até macacos de popa! Estão disponíveis campos de ténis e de futebol. Durante a nossa estadia, um simpático galo, que apelidámos de Zeca, rondava pela porta do hotel e pelas redondezas do restaurante, debicando aqui e ali, convivendo com os hóspedes, fazendo as delícias da Rafaela.

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Aqui descansa-se e, verdadeiramente, relaxa-se; e corre-se sério risco de abalar com mais uns quilinhos; o conforto é total, tanto nos quartos como nas outras instalações; a comida é excelente; o ar estimula o apetite; e a água termal puríssima serve para nos lavarmos por fora e por dentro: dado que ela jorra a uma temperatura tépida, bebe-se com gelo feito da mesma, única e abundante água do Gravatal.

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O Hotel Internacional e sua envolvente são ideais para umas pequenas férias em família e uma boa alternativa à praia, sobretudo em dias de chuva (o que não é nada raro no sul do Brasil), como foi o caso. Alojamento, café da manhã, almoço e jantar, para um casal com filho, menor de 5 anos, ficou por 330 reais/dia (cerca de 140 euros). Valeu cada centavo!

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