Rodes, Grécia

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Aspeto da cidadela medieval de Rodes.

A ilha de Rodes, a maior do chamado Dodecaneso, é um território paradisíaco, com praias lindas, de águas cristalinas – as mais apetecíveis situadas na costa oriental, entre a cidade de Rodes e Lindos, pois este lado da ilha é mais abrigado do vento – e um clima invejável, tipicamente mediterrânico, com muito sol. O espaço mais interessante da cidade que dá nome à ilha – Rodes – é o seu burgo medieval, designado Património Mundial pela UNESCO, em 1988.

Dentro das muralhas podemos observar edificações cristãs (neste caso, católicas – o que não é muito comum na Grécia ortodoxa) e islâmicas, sendo as mais emblemáticas as erigidas pelos membros da Ordem de S. João de Jerusalém (Hospitalários), vulgarmente conhecida como Ordem de Malta, por se ter estabelecido na ilha de Malta, doada à Ordem, em 1530, pelo imperador Carlos V, do Sacro Império Romano-Germânico, após a sua saída de Rodes. A designação oficial da ordem é, aliás, Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, curiosamente, três locais que visitámos no decorrer desta viagem.

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Fachada de edifício do período muçulmano, em Rodes.

A cidadela medieval de Rodes está extraordinariamente bem preservada e aqui encontramos castelos, mesquitas, fontes, praças e arruamentos que nos transportam a um mundo que já não existe, tudo isto enclausurado em muralhas portentosas. Face ao turismo massivo, é também na cidadela medieval que se encontra a principal área comercial e de serviços da ilha, como restaurantes, lojas, mercados, bancos, etc. Há também vários museus importantes que se podem visitar e muita animação de rua, sobretudo no Verão, quando muitos milhares de turistas vêm juntar-se aos cerca de 10.000 habitantes da cidade.

De Rodes é possível fazer vários circuitos marítimos em torno da ilha e também apanhar um ferry para ilhas vizinhas, sendo recomendável uma visita à belíssima ilha de Symi, a pouco mais de uma hora de viagem. Não é possível falar de Rodes sem se fazer referência ao seu tão badalado Colosso, uma das sete maravilhas do Mundo Antigo, catalogadas, segundo se diz, pelo grego Antíprato de Sídon. Ao que parece, essa estátua em bronze, com 30 metros de altura, foi erguida na entrada do porto, e os navios passavam por baixo dela. O seu autor foi Carés de Lindos, que demorou mais de dez anos para concluir o monumento, no século III a.C. Cinquenta e cinco anos após a construção, o Colosso foi destruído por um violento terramoto. Há um projeto recente, da autoria do artista alemão Gert Hof, para construir um novo Colosso em Rodes, este ainda mais colossal.