Hong Kong

Symphony of Lights. Um espetáculo que nenhum visitante de Hong Kong deve perder.

Apesar da sua ligação à China, Hong Kong mantém uma grande autonomia, devido à condição de ex-território britânico. A concentração de pessoas é ainda maior do que em Singapura.  O único remédio é construir em altura, por isso os arranha-céus estão por todo o lado. Pontualmente, às oito da noite, milhares de pessoas assistem todos os dias ao espetáculo Symphony of Lights, nos passeios marítimos de ambos os lados do Victoria Harbour .

Os arranha-céus são uma constante em Hong Kong.

Circulando por aí pudemos ouvir línguas de viajantes vindos de todas as partes do globo. Eles são a prova de que Hong Kong é, hoje mais do que nunca, um dos territórios mais cosmopolitas do mundo. Apesar disso, a ameaça chinesa é uma constante na vida dos habitantes do território. Embora sob soberania da China desde 1997, Hong Kong possui um estatuto autónomo que se prolongará até 2047. Houve quem pensasse que este período de 50 anos fosse suficiente para que Hong Kong funcionasse como uma espécie de farol para a China, atraindo este gigantesco e multifacetado país para os direitos humanos e a democracia.

Hong Kong ao entardecer.

Quase a meio do percurso, o que se verifica é que nada disto ocorreu, antes pelo contrário, para grande preocupação, evidenciada em enormes manifestações, dos habitantes de Hong Kong. A política da China é de uma enorme hipocrisia. Mas as potências ocidentais não estão isentas de responsabilidades ao tolerarem a simulação e propaganda chinesas. Tudo isto porque o gigantesco mercado chinês proporciona enormes lucros a muitas empresas ocidentais. Disto se vão aproveitando os chineses para grande preocupação de todos os territórios vizinhos, sobretudo Hong Kong, Macau e, muito particularmente, Taiwan.

No interior de um Star Ferry. Uma viagem de poucos minutos, mas que vale muito a pena, entre Victoria Harbour, na ilha de Hong Kong, e a Avenue of Stars, na parte continental do território.

A China tem claramente uma política expansionista que só será travada (se o for) quando o Ocidente perceber que tem de colocar a política à frente dos negócios, aplicando medidas económicas restritivas, e mesmo sanções, que travem a expansão chinesa e o desrespeito pelos direitos humanos, ajudando a criar as condições necessárias para a implantação de uma verdadeira democracia. O povo de Hong Kong merece a nossa admiração pela sua luta pela liberdade. Foi com esse sentimento que nos despedimos.

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