O centenário de Amália

Se fosse viva, Amália teria completado 100 anos no dia 1 de julho último, pois, dizem, ela nasceu nesse dia, no ano de 1920. Amália, porém, só foi registada uns dias mais tarde, há precisamente cem anos (23/7/1920), e o 23 de julho era o dia em que gostava de comemorar o seu aniversário (há quem diga que Amália queria ser”Leão” e não “Caranguejo”), pelo que permaneceu como data oficial. Escrevemos já dois artigos neste blogue sobre Amália – https://ilovealfama.com/2012/12/06/gaivota/ e https://ilovealfama.com/2013/03/31/alfama-uma-cancao/ – e não vamos dizer muito mais. As palavras são sempre escassas, ficam sempre aquém, e o melhor é mesmo ouvi-la. Amália Rodrigues, tristemente, ou talvez não, mais (re)conhecida no estrangeiro do que em Portugal, cantou dentro de muitos géneros musicais, não apenas fado, mas foi sem dúvida no fado – e dentro deste nos fados não tradicionais compostos por Alain Oulman – que encontrou a sua expressão mais alta. A cumplicidade artística entre ambos (para nosso deleite) está bem patente no vídeo que aqui deixamos, a nossa singela homenagem a Amália, no dia da comemoração oficial dos cem anos do seu nascimento.

Ensaio de “Soledad”, uma música de Alain Oulman com letra de Cecília Meireles.

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