O centenário de Amália

Se fosse viva, Amália teria completado 100 anos no dia 1 de julho último, pois, dizem, ela nasceu nesse dia, no ano de 1920. Amália, porém, só foi registada uns dias mais tarde, há precisamente cem anos (23/7/1920), e o 23 de julho era o dia em que gostava de comemorar o seu aniversário (há quem diga que Amália queria ser”Leão” e não “Caranguejo”), pelo que permaneceu como data oficial. Escrevemos já dois artigos neste blogue sobre Amália — aqui e aqui — e não vamos dizer muito mais. As palavras são sempre escassas, ficam sempre aquém, e o melhor é mesmo ouvi-la. Amália Rodrigues, reconhecida no estrangeiro e não só em Portugal, cantou dentro de muitos géneros musicais, não apenas fado, embora tenha sido no fado — e dentro deste nos fados não tradicionais compostos por Alain Oulman — que encontrou a sua expressão mais alta. A cumplicidade artística entre ambos (para nosso deleite) está bem patente no vídeo que aqui deixamos, a nossa singela homenagem a Amália, no dia da evocação dos cem anos do seu nascimento.

Ensaio de “Soledad”, uma música de Alain Oulman com letra de Cecília Meireles.

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Autor: Jorge Costa

Fez percursos académicos nas áreas das Filosofia, Comunicação Social, Economia, Gestão dos Transportes Marítimos e Gestão Portuária, e estuda outras disciplinas científicas. Interessa-se igualmente por Arte, nas suas diversas manifestações, e também por viagens. Gosta de jogar xadrez. O seu autor preferido, desde que se lembra, é Karl Popper. Viveu em locais diversos, sobretudo em Portugal e no Brasil, pelo que se considera um cidadão do mundo. Atualmente vive em Cabanas, no Sotavento algarvio. Gosta de revisitar, sempre que pode, a bela cidade de Lisboa e, nela, o bairro onde nasceu, Alfama, o mais popular da capital, de traça árabe, debruçado sobre o Tejo — esse rio mítico, imortalizado por Camões e Pessoa, poetas maiores da Língua Portuguesa. Não é, porém, um bairrista, característica que deplora, a par dos clubismo, partidarismo e nacionalismo. Ama a Liberdade.