O melhor pastel de nata do mundo, depois do (ou, talvez, “com o”) pastel de Belém

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Serafim Cunha.

Não podíamos publicar melhor artigo para inaugurar 2014 do que este — exemplo feliz (e delicioso) da dinâmica cultural luso-brasileira — cujo protagonista é Serafim Cunha, 55 anos, no Brasil desde os dezasseis, onde casou e teve dois filhos.

Após mais de uma década de investigação, ele conseguiu produzir o melhor pastel de nata do mundo,  na cidade brasileira de Palhoça, em Santa Catarina, mesmo ao lado de Florianópolis.

Serafim tem, por enquanto, uma pequena produção, mas a tendência natural é que a mesma aumente, seja no que diz respeito aos pastéis de nata, seja em relação a cerca de uma dezena de outros bolos que fabrica, dado que o nível dos produtos é de primeiríssima qualidade.

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Os pasteis de nata de Serafim, já com açúcar em pó. Deliciosos.

Já tínhamos provado pastéis de nata no Brasil (lembro de uma casa em Porto Seguro, por exemplo), mas nada, nem aqui nem em Portugal, excetuando, naturalmente, os pastéis de Belém, se pode comparar ao sabor magnífico dos pastéis produzidos em Palhoça. De facto, este pastel é em tudo idêntico ao pastel de Belém, há apenas uma pequena diferença na massa, e é muito difícil dizer qual é o melhor.

Jamais imaginaríamos que uma réplica de tamanha qualidade pudesse ser encontrada a oito mil quilómetros de Lisboa, numa cidade desconhecida para a maioria dos portugueses. Tesouros como este enriquecem ainda mais o já vasto património cultural luso-brasileiro e merecem ser divulgados e conhecidos.

O espaço onde é fabricada esta iguaria situa-se no centro comercial Via Catarina Shopping e chama-se Ateliê Português.

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Autor: Jorge Costa

Fez percursos académicos nas áreas das Filosofia, Comunicação Social, Economia, Gestão dos Transportes Marítimos e Gestão Portuária, e estuda outras disciplinas científicas. Interessa-se igualmente por Arte, nas suas diversas manifestações, e também por viagens. Gosta de jogar xadrez. O seu autor preferido, desde que se lembra, é Karl Popper. Viveu em locais diversos, sobretudo em Portugal e no Brasil, pelo que se considera um cidadão do mundo. Atualmente vive em Cabanas, no Sotavento algarvio. Gosta de revisitar, sempre que pode, a bela cidade de Lisboa e, nela, o bairro onde nasceu, Alfama, o mais popular da capital, de traça árabe, debruçado sobre o Tejo — esse rio mítico, imortalizado por Camões e Pessoa, poetas maiores da Língua Portuguesa. Não é, porém, um bairrista, característica que deplora, a par dos clubismo, partidarismo e nacionalismo. Ama a Liberdade.

2 opiniões sobre “O melhor pastel de nata do mundo, depois do (ou, talvez, “com o”) pastel de Belém”

  1. Nõ podia deixar de ser, afinal é o meu mano mais novo, grande obreiro nesta nobre arte de pastelaria – ACunha

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