O parisiense não manifesta o menor interesse
pessoal, a menor curiosidade, a respeito da
vida ou dos costumes de qualquer estrangeiro.
Contanto que ele se mantenha dentro da lei,
algo que, no final das contas, a maioria das
pessoas dá um jeito de fazer, o estrangeiro
pode até plantar bananeiras sem que o
parisiense lhe dê a menor atenção. É essa
indiferença arrogante da parte do parisiense,
com seus efeitos imprevisíveis sobre o viajante,
que torna tão esplêndido o ar de Paris, para não
falar no efeito estimulante que ela tem sobre
o cenário parisiense.
James Baldwin
Sobre Paris está tudo dito, ou quase. As suas belas avenidas e praças, o seu património monumental, o Sena, os museus — tudo isso é sobejamente conhecido.
Não admira que os parisienses se sintam orgulhosos da sua cidade. Afinal, é conhecida como a capital da moda, do perfume, da arte, a cidade-luz, cosmopolita e moderna, imortalizada em obras de todos os géneros artísticos. Quem não deseja, uma vez na vida que seja, conhecer Paris?
Além do mais, Paris é uma cidade romântica. Aqui facilmente se imagina um casal apaixonado, abraçado junto ao Sena. Porém, para se poder usufruir em pleno desse romantismo, é preciso dinheiro. Paris é igualmente uma cidade cara, na verdade, uma das mais caras do mundo.
Isso não impede que seja também uma das mais visitadas. Se tivermos em conta, apenas, a receita anual das visitas à Torre Eifel, estaremos seguramente perante um valor fabuloso, na ordem dos muitos milhões de euros. Apesar de tudo isto, Paris não é a “minha” cidade. Não tem o clima que eu gosto, nem a calma, nem a paisagem, nem o mar. Prefiro Barcelona, ou Lisboa.
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