Paris

O parisiense não manifesta o menor interesse

pessoal, a menor curiosidade, a respeito da

vida ou dos costumes de qualquer estrangeiro.

Contanto que ele se mantenha dentro da lei,

algo que, no final das contas, a maioria das

pessoas dá um jeito de fazer, o estrangeiro

pode até plantar bananeiras sem que o

parisiense lhe dê a menor atenção. É essa

indiferença arrogante da parte do parisiense,

com seus efeitos imprevisíveis sobre o viajante,

que torna tão esplêndido o ar de Paris, para não

falar no efeito estimulante que ela tem sobre

o cenário parisiense.

James Baldwin

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A torre Eifel ao anoitecer.

Sobre Paris está tudo dito, ou quase. As suas belas avenidas e praças, o seu património monumental, o Sena, os museus — tudo isso é sobejamente conhecido.

Paris
Pormenor da Torre Eifel.

Não admira que os parisienses se sintam orgulhosos da sua cidade. Afinal, é conhecida como a capital da moda, do perfume, da arte, a cidade-luz, cosmopolita e moderna, imortalizada em obras de todos os géneros artísticos. Quem não deseja, uma vez na vida que seja, conhecer Paris?

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Exterior do Museu do Louvre.

Além do mais, Paris é uma cidade romântica. Aqui facilmente se imagina um casal apaixonado, abraçado junto ao Sena. Porém, para se poder usufruir em pleno desse romantismo, é preciso dinheiro. Paris é igualmente uma cidade cara, na verdade, uma das mais caras do mundo.

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Ponte sobre o Sena.

Isso não impede que seja também uma das mais visitadas. Se tivermos em conta, apenas, a receita anual das visitas à Torre Eifel, estaremos seguramente perante um valor fabuloso, na ordem dos muitos milhões de euros. Apesar de tudo isto, Paris não é a “minha” cidade. Não tem o clima que eu gosto, nem a calma, nem a paisagem, nem o mar. Prefiro Barcelona, ou Lisboa.

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Autor: Jorge Costa

Fez percursos académicos nas áreas das Filosofia, Comunicação Social, Economia, Gestão dos Transportes Marítimos e Gestão Portuária, e estuda outras disciplinas científicas. Interessa-se igualmente por Arte, nas suas diversas manifestações, e também por viagens. Gosta de jogar xadrez. O seu autor preferido, desde que se lembra, é Karl Popper. Viveu em locais diversos, sobretudo em Portugal e no Brasil, pelo que se considera um cidadão do mundo. Atualmente vive em Cabanas, no Sotavento algarvio. Gosta de revisitar, sempre que pode, a bela cidade de Lisboa e, nela, o bairro onde nasceu, Alfama, o mais popular da capital, de traça árabe, debruçado sobre o Tejo — esse rio mítico, imortalizado por Camões e Pessoa, poetas maiores da Língua Portuguesa. Não é, porém, um bairrista, característica que deplora, a par dos clubismo, partidarismo e nacionalismo. Ama a Liberdade.