50 anos de Abril

Exposição pública sobre a Guerra da Coreia, em Seul.

Este ano celebramos, mais uma vez, o 25 de Abril em viagem, concretamente na magnífica Coreia do Sul.

Os coreanos são um povo muito antigo que teve a pouca sorte de, a dado momento da sua história, se ver acossado por impérios grandiosos e poderosos, como são os casos russo, chinês e japonês.

A Coreia foi ocupada pelo Japão várias vezes, a última entre 1910 e 1945 e, ainda neste ano, no final da II Guerra Mundial, invadida pelos soviéticos. Com esta invasão iniciava-se a chamada Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, e estavam criadas as condições para que, cinco anos mais tarde, ocorresse uma guerra bem quente, a Guerra da Coreia, um conflito que provocou quase 5 milhões de mortos e reforçou a divisão da nação coreana, mantida até hoje, em dois estados independentes.

O contraste existente entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul é gigantesco, embora estejamos a falar do mesmo povo; e isto, só por si, prova como são importantes os regimes políticos. De facto, não poderia haver melhor exemplo prático como o da Coreia para constatar que há um abismo separando comunismo e democracia, opressão e liberdade.

Os dados são avassaladores e só para se ter um vislumbre da discrepância entre os dois estados, bastará dizer que os sul-coreanos são em média 27 vezes mais prósperos do que os seus vizinhos do norte. A extraordinária progressão da Coreia do Sul contrasta fortemente com a estagnação da Coreia do Norte e mostra-nos como as sociedades abertas se desenvolvem, social, económica e culturalmente, enquanto as sociedades fechadas — de esquerda ou de direita — apenas trazem miséria ao povo.

Pretendemos mostrar a importância das sociedades abertas nestes 50 anos de Abril. E nunca esquecer o quanto somos felizes por viver em Liberdade.

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Autor: Jorge Costa

Fez percursos académicos nas áreas das Filosofia, Comunicação Social, Economia, Gestão dos Transportes Marítimos e Gestão Portuária, e estuda outras disciplinas científicas. Interessa-se igualmente por Arte, nas suas diversas manifestações, e também por viagens. Gosta de jogar xadrez. O seu autor preferido, desde que se lembra, é Karl Popper. Viveu em locais diversos, sobretudo em Portugal e no Brasil, pelo que se considera um cidadão do mundo. Atualmente vive em Cabanas, no Sotavento algarvio. Gosta de revisitar, sempre que pode, a bela cidade de Lisboa e, nela, o bairro onde nasceu, Alfama, o mais popular da capital, de traça árabe, debruçado sobre o Tejo — esse rio mítico, imortalizado por Camões e Pessoa, poetas maiores da Língua Portuguesa. Não é, porém, um bairrista, característica que deplora, a par dos clubismo, partidarismo e nacionalismo. Ama a Liberdade.