
António Costa demite-se com dignidade após saber que está a ser investigado num processo autónomo, paralelo ao que constituiu arguidos o seu chefe de gabinete, o seu “melhor amigo” e um ministro do seu governo, entre outros.
Depois de aceitar a demissão do primeiro-ministro, Marcelo Rebelo de Sousa vai ouvir os partidos, convocar o Conselho de Estado e tomar uma decisão que deverá passar pela dissolução do parlamento e a convocação — a partir daí, dentro de 60 dias — de eleições antecipadas.
A data de dissolução será importante, não se sabendo ainda se o Presidente da República aguentará o governo e o parlamento até a aprovação final do orçamento de 2024 (marcada para 29 de novembro) ou não o fará, e o país será gerido por duodécimos.
Seja como for, um novo ciclo político se abre. Tendo em conta que o Partido Socialista, que ainda detém a maioria absoluta dos deputados no parlamento, não poderá contar com António Costa para as novas eleições, a questão é: quem lhe sucederá como líder do PS?
Entre os mais bem posicionados está Pedro Nuno Santos. Considerado por muitos um político brilhante, parece quase certo que irá avançar. A nossa posição relativamente a Nuno Santos é conhecida (https://ilovealfama.com/2023/07/09/a-prova-do-bilhete/) e uma coisa é certa: não votaremos no PS se, e enquanto, ele for líder desse partido. Em contrapartida, veríamos com bons olhos as candidaturas de António José Seguro, Álvaro Beleza, Francisco Assis, Mariana Vieira da Silva ou José Luís Carneiro.
Entretanto, a direita democrática, que procurará afirmar-se nas próximas eleições, após 8 anos afastada do poder, tem um enorme elefante na sala chamado Chega, partido de extrema-direita que se destaca, desde já, como o maior beneficiário líquido desta crise política.
******************************
foto retirada de: https://expresso.pt/politica/governo/2023-01-20-Pedro-Nuno-Santos-assume-foi-dado-ok-a-indemnizacao-da-TAP-a-Alexandra-Reis–mas-foi-por-Whatsapp–c26bd7ec
******************************