Pianos

O primeiro vídeo deste artigo pretende ilustrar, em poucos minutos, o processo de fabrico de um piano, no caso, um Bösendorfer. Como música de fundo a “Campanella” de Liszt, interpretada pela ucraniana/americana, Valentina Lisitsa.

O austríaco Bösendorfer é o principal rival do americano Steinway (fabricado nos EUA e na Alemanha). Estes dois pianos são bastante diferentes no que concerne à construção e, obviamente, na sonoridade. O Steinway parece ter maior versatilidade e um som mais “redondo”, enquanto há quem diga que o Bösendorfer tem um som mais “puro”.

As opiniões são diversificadas. Certo, é que o Steinway está mais difundido pelas salas de concerto de todo o mundo. A confirmação do Steinway decorreu paulatinamente, após as fábricas europeias de pianos terem sido destruídas durante a II Guerra Mundial.

A marca Bösendorfer foi comprada em 2008 pela companhia japonesa Yamaha, também ela uma referência no universo pianístico. Outros concorrentes de peso (como fica bem a qualquer piano) são o americano Baldwin (atualmente fabricado na China) o italiano Fazioli (ver segundo vídeo deste artigo, com o excelente pianista russo Daniil Trifonov interpretando o segundo andamento da Sinfonia nº1 de Tchaikovsky).
Entre as marcas referidas encontramos os melhores pianos (verticais e de cauda) do mundo.

Mas a busca pelo melhor som talvez seja interminável. Daniel Barenboim partiu nessa aventura e conseguiu que fosse construído um piano com um design arrojado e um som mais “quente”. Ao novo piano, que se mostra no terceiro e último vídeo, foi naturalmente atribuída uma marca que homenageia esse grande maestro e pianista – simplesmente, “Barenboim”.

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Autor: Jorge Costa

Fez percursos académicos nas áreas das Filosofia, Comunicação Social, Economia, Gestão dos Transportes Marítimos e Gestão Portuária, e estuda outras disciplinas científicas. Interessa-se igualmente por Arte, nas suas diversas manifestações, e também por viagens. Gosta de jogar xadrez. O seu autor preferido, desde que se lembra, é Karl Popper. Viveu em locais diversos, sobretudo em Portugal e no Brasil, pelo que se considera um cidadão do mundo. Atualmente vive em Cabanas, no Sotavento algarvio. Gosta de revisitar, sempre que pode, a bela cidade de Lisboa e, nela, o bairro onde nasceu, Alfama, o mais popular da capital, de traça árabe, debruçado sobre o Tejo — esse rio mítico, imortalizado por Camões e Pessoa, poetas maiores da Língua Portuguesa. Não é, porém, um bairrista, característica que deplora, a par dos clubismo, partidarismo e nacionalismo. Ama a Liberdade.