Jacqueline du Pré

Concerto para violoncelo de Edward Elgar.

Jacqueline du Pré ganhou o seu primeiro violoncelo aos 4 anos de idade. A partir daí, passou a viver em dois mundos – aquele em que era uma criança como todas as outras e um outro em que só existiam ela e o seu violoncelo.
Com o tempo, Jacqueline tornou-se uma instrumentista fantástica, mas a sua carreira seria interrompida aos 28 anos, devido à esclerose múltipla que lhe haviam diagnosticado. As últimas atuações foram dramáticas. Conduzia com o olhar os próprios dedos, isentos de sensibilidade.
Jackie morreu em 1987, aos 42 anos.
É uma figura cativante, uma das maiores da história da música.

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Concerto para a mão esquerda, de Ravel

O pianista Paul Wittgenstein, irmão mais velho do filósofo Ludwig, perdeu o braço direito na Grande Guerra, onde ambos combateram. Maurice Ravel escreveu este concerto tendo em conta a mão esquerda (e única) de Paul. A interpretação que aqui apresentamos está a cargo da Filarmónica de Zagreb, com Brigita Vilc ao piano.

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Pianos

O primeiro vídeo deste artigo pretende ilustrar, em poucos minutos, o processo de fabrico de um piano, no caso, um Bösendorfer. Como música de fundo a “Campanella” de Liszt, interpretada pela ucraniana/americana, Valentina Lisitsa.

O austríaco Bösendorfer é o principal rival do americano Steinway (fabricado nos EUA e na Alemanha). Estes dois pianos são bastante diferentes no que concerne à construção e, obviamente, na sonoridade. O Steinway parece ter maior versatilidade e um som mais “redondo”, enquanto há quem diga que o Bösendorfer tem um som mais “puro”.

As opiniões são diversificadas. Certo, é que o Steinway está mais difundido pelas salas de concerto de todo o mundo. A confirmação do Steinway decorreu paulatinamente, após as fábricas europeias de pianos terem sido destruídas durante a II Guerra Mundial.

A marca Bösendorfer foi comprada em 2008 pela companhia japonesa Yamaha, também ela uma referência no universo pianístico. Outros concorrentes de peso (como fica bem a qualquer piano) são o americano Baldwin (atualmente fabricado na China) o italiano Fazioli (ver segundo vídeo deste artigo, com o excelente pianista russo Daniil Trifonov interpretando o segundo andamento da Sinfonia nº1 de Tchaikovsky).
Entre as marcas referidas encontramos os melhores pianos (verticais e de cauda) do mundo.

Mas a busca pelo melhor som talvez seja interminável. Daniel Barenboim partiu nessa aventura e conseguiu que fosse construído um piano com um design arrojado e um som mais “quente”. Ao novo piano, que se mostra no terceiro e último vídeo, foi naturalmente atribuída uma marca que homenageia esse grande maestro e pianista – simplesmente, “Barenboim”.

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O Trout Quintet

Schubert escreveu o “Trout Quintet” em 1819, com 22 anos de idade.
Um século e meio depois, Christopher Nupen, cineasta sul-africano, realizou o documentário “The Trout”, sobre um concerto que ocorreu no Queen Elizabeth Hall, em Londres, em 30 de agosto de 1969[1]. Ali se reuniram, para interpretar o famoso quinteto de Schubert, Daniel Barenboim (piano), Zubin Mehta (baixo), Itzhak Perlman (violino), Pinchas Zuckerman (viola ou violeta) e Jacqueline du Pré (violoncelo). É um curtíssimo e divertido excerto desse documentário (gravado nos ensaios) que aqui apresentamos. Conseguir melhores intérpretes, seria tarefa impossível.

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[1] Como se indica no vídeo, a gravação deste concerto está disponível em DVD.

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